Reportagem de agência de notícias chinesa sobre o mercado brasileiro de petróleo e oportunidades para empresas da China. Juro para vocês que as aspas são minhas mesmo.
Dire Straits foi provavelmente a minha banda preferida quando eu era (mais) jovem. Na adolescência eu tinha um vinil do álbum Money for Nothing que quase furou de tanto que eu escutei. Eram outros tempos e eu não tinha acesso a outros álbuns da banda, a não ser Brothers in Arms. Basicamente eu conhecia o repertório mais recente e pop deles, salvo algumas canções mais antigas do Money for Nothing. No entanto, sempre tive a sensação de que, do alto da minha ignorância, eu estava perdendo muita coisa.
Alguns anos mais tarde, já na faculdade, o primeiro dinheiro que ganhei como monitor de Cálculo II foi usado para comprar toda a discografia da banda. Escutei tudo de uma vez só, na ordem cronológica. E eu tinha razão quanto as minhas suspeitas. Os primeiros álbuns eram muito melhores do que o Brothers in Arms. E eu, que sempre havia achado que Your Latest Trick e Why Worry eram músicas chatas e melosas ao extremo, pude conhecer um lado do Dire Straits que até hoje me encanta. São essas músicas que eu ainda escuto.
Uma das minhas músicas preferidas é Wild West End. É curioso que um rapaz latino-americano e vindo do interior se identifique com uma canção que retrata o cotidiano de um jovem pelas ruas de Londres. É incrível como um relato absolutamente pessoal pode, ao mesmo tempo, ser universal. Por muitas vezes cantarolei essa música enquanto caminhava em Miguel Pereira pela Avenida César Lattes. Imagino que cada um de nós tenha sua Shaftesbury Avenue.
Recentemente pude visitar Londres pela primeira vez. E, como ando meio saudoso nos últimos tempos (deve ser a idade), me senti novamente com dezenove anos (como o personagem da música) ao visitar e caminhar pela verdadeira Shaftesbury Avenue, ver os teatros e cinemas, passear por Chinatown. Infelizmente não pude tomar um café no Angellucci's, nem comer algo no Barocco Bar, eles não existem mais. Mas, apesar do frio e da chuva, pude me sentir no paraíso, muito bem acompanhado por minha garota de sorriso fácil, caminhando pelas ruas (metaforicamente) selvagens do bairro West End.
Para quem não conhece e ficou curioso, seguem duas versões da música e, de lambuja, o show inteiro do qual a versão ao vivo foi retirada.
Wild West End - Versão de estúdio
Wild West End - Versão ao vivo no programa Rockpalast em 1979
Sou um rapaz latino-americano, sem parentes importantes e vindo do interior. Mas não apenas isso. Também sou tricolor de coração. Sou economista. Sou editor da RBAJTE - Revista Brasileira de Assuntos Jamais Tratados por Economistas. Sou vice-presidente-sênior da Leftlag Consulting Group - Making Money and Love Forever. Sou de Miguel Pereira, cidade do terceiro melhor clima do mundo (não, não sei e não me interessa saber os dois primeiros). Sou tricampeão da Copa ED. Sou epegeano. Sou Intocável. Sou goleiro de pelada. Sou pesquisador e professor. E agora, sinal dos tempos, também sou blogueiro.
Sobre o Blog
Este é um blog para falar das coisas que me cercam e como eu as enxergo, por isso o título ‘meu umbigo e arredores’. Muitas vezes os arredores do meu umbigo mal chegarão à esquina da minha rua, outras vezes alcançarão os confins do universo. É um blog sobre economia, sobre música, sobre futebol, sobre tudo que me interessa. Tudo sob um ponto de vista bastante particular: o meu.