quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Money for Nothing

Recebi o carnê para pagamento da anuidade do Conselho Regional de Economia. São R$ 350,00 e nenhuma contrapartida que me interesse (sequer me dei ao trabalho de buscar minha carteira de identidade funcional), mas sou obrigado a pagar.

Poderia gastar muitas linhas para demonstrar o quão sem sentido é a regulamentação da profissão de economista (e de tantas outras), mas o Claudio de Moura Castro faz isso com maestria aqui. Basta dizer que boa parte dos melhores economistas que eu conheço sequer são considerados economistas pelos burocratas do conselho. Explico: um engenheiro com doutorado em economia não é considerado economista, pois é obrigatório ser um bacharel em Ciências Econômicas para tal. 

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Grandes Clássicos do Nosso Cancioneiro Popular (3): Não Tem Jeito Que Dê Jeito

No início dos anos oitenta, enquanto os artistas brasileiros mais descolados tentavam imitar a sonoridade e a temática da música norte-americana, Raimundo Soldado fazia o caminho inverso. Promovia um grande mergulho na música nordestina, com pitadas de pop e jovem guarda. A ousadia teve seu preço: Raimundo Soldado jamais conseguiu em vida o relevo que merecia, pois estava muito a frente do seu tempo.

Raimundo Soldado

Felizmente, nem o tempo é capaz de apagar a beleza de suas canções e, pouco mais dez anos depois da sua prematura morte, ainda podemos apreciar aquela que eu considero sua obra-prima: Não Tem Jeito Que Dê Jeito. Destaque para o verso que encerra a canção. A solidão é tão profunda e avassaladora que sequer permite plural: de hoje em diante nós vamos ser um simples amigo. Trata-se de uma silepse de sentimento. Simplesmente genial.

Não Tem Jeito Que Dê Jeito (Raimundo Soldado)

Quando você foi embora
Meu coração quase parou
Já contava com a despesa
Foi somente tristeza que você me deixou

Não tem jeito que dê jeito
Pra você viver comigo
De hoje em diante
Nós vamos ser um simples amigo


Para a experiência sensorial ser completa convido-os a ouvir primeiro a música com o arranjo original e somente depois em sua versão mais moderna, lançada posteriormente em uma coletânea da obra de Raimundo Soldado.

Não Tem Jeito Que Dê Jeito (Versão Original)

Não Tem Jeito Que Dê Jeito (Regravação)


Para outros mergulhos na verdadeira MPB clique aqui e aqui.

sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Ei, você lembra da minha voz?

Há quase dois meses publiquei um artigo sobre inovação e o papel do governo (veja aqui). Agora o portal do IBRE publica novamente o artigo junto com a gravação de alguns comentários meus sobre o tema (ouça aqui).

PS. O link para o áudio só funciona com o navegador Internet Explorer.